Na manhã de quarta-feira, 6 de dezembro, os dirigentes da FEDACSE/BA e do SINDACESB, Daniel Rocha e Paulo Alves, acompanhados pelos delegados Paulinho e Leandro, estiveram na cidade de Alcobaça-Ba, no extremo sul da Bahia, para um diálogo com o secretário de saúde, Alexandre Talher, e a coordenadora da vigilância sanitária, Cíntia Andrade, a respeito do produto químico VectoBac.
O ponto central da discussão foi a preocupação em relação à adoção, pelo município, do referido produto químico, planejada para janeiro de 2024. O objetivo também foi solicitar a substituição do inseticida por outra alternativa, visando preservar a saúde dos trabalhadores e pressionar pela suspensão por parte do Ministério da Saúde.
Estudos realizados pelos dirigentes da confederação revelam que a orientação contida na nota técnica do produto recomenda o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) específicos para produtos altamente tóxicos, os quais não estão disponíveis para os trabalhadores e diferem significativamente dos que estão atualmente em uso e com a dinâmica de atuação.
Diante disso, buscamos o reconhecimento da gravidade da situação, levando em consideração a grande preocupação dos trabalhadores, e alertamos sobre a responsabilidade pública, uma vez que o inseticida representa um risco à saúde dos Agentes de Combate às Endemias e de qualquer pessoa em contato próximo ao VectoBac.
O secretário e a coordenadora mostraram-se receptivos à discussão e preocupados com a saúde dos trabalhadores, assegurando que não adotarão o produto nos ciclos de janeiro, frente a todos os elementos apresentados, até que o assunto seja melhor esclarecido pelos órgãos reguladores.
Adicionalmente, o secretário comprometeu-se a levar o assunto à reunião dos secretários de saúde do extremo sul da Bahia e a emitir uma nota à SESAB, comunicando a decisão de não adotar o produto neste momento. Sobre a reunião, Daniel Rocha, Vice-coordenador do SINDACESB e diretor da federação baiana, comentou em nota:
"É importante destacar que a luta da Federação Baiana contra o uso do Vectobac não é apenas uma luta individual. É uma luta de classe, que representa a defesa da saúde e da segurança dos trabalhadores e trabalhadoras.
Os ACEs são trabalhadores essenciais, que atuam na linha de frente do combate às endemias, por isso merecem atenção, respeito e condições seguras e dignas. Vamos continuar lutando para que o Vectobac seja suspenso. A união das vozes dos trabalhadores e trabalhadoras, mesmo que pequenas, é uma força poderosa. Com a federação, nossas vozes são ainda mais fortes!"
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