📍 A Federação Vai ao Quilombo



Por FEDACSE/BA

A Federação Baiana (FEDACSE/BA) segue ampliando sua atuação pelo estado, reafirmando seu compromisso com a justiça social, a equidade e a dignidade. Desta vez, a federação levou sua agenda de escuta e fortalecimento do diálogo até a comunidade quilombola de Helvécia, localizada no município de Nova Viçosa, onde vivem mais de quatro mil quilombolas.

As diretoras e conselheiras da comissão de gênero, etnia e raça da FEDACSE/BA, Suelma Silveira, Cristina Oliveira e Luziene Dias, foram recebidas por moradores da comunidade, incluindo Jane Krull, bacharel em Direito e estudante de Psicologia, e Maria Aparecida (Tidinha), uma voz ativa na luta pelos direitos da comunidade. 

Durante o encontro, as representantes da federação promoveram um diálogo essencial sobre a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para a comunidade e os desafios enfrentados pelas mulheres, especialmente as mulheres negras. 

A delegada sindical local Luziene Dias, conhecida por acolher ,quando necessário, as queixas das Agentes Comunitárias de Saúde de sua base e encaminhá-las ao SINDACESB, sindicato da categoria no extremo sul da Bahia, destacou a relevância desse debate: 

"A luta das mulheres quilombolas e trabalhadoras é a luta de todas nós. Precisamos unir forças para combater as opressões que nos cercam e garantir que nossas vozes sejam ouvidas."

O diálogo abordou temas estruturais como o machismo e o preconceito, que permanecem enraizados em uma cultura sexista, impactando profundamente a vida das mulheres. Apesar dos avanços e da maior conscientização da sociedade sobre essas questões, as mulheres quilombolas de Helvécia ainda enfrentam desafios diários para conquistar seus espaços e garantir seus direitos.




Além das conversas com os moradores, as representantes da federação também visitaram as trabalhadoras da empresa Tecnoplanta Florestal LTDA, responsável pelo viveiro de mudas de eucalipto da Suzano S/A, localizado na comunidade. 

As funcionárias estão em greve há 20 dias, desde 8 de janeiro, conforme informado pelo Sindicato - SINTREXBEM. A paralisação reflete a luta por melhores condições de trabalho e direitos laborais, uma pauta que também envolve questões de gênero e raça, já que muitas das trabalhadoras são mulheres negras que enfrentam uma dupla jornada de resistência.

Para a FEDACSE/BA, é fundamental que as políticas de inclusão de gênero e equidade racial sejam construídas a partir do diálogo direto com grupos historicamente marginalizados. 

Esse encontro com a comunidade quilombola de Helvécia representa um primeiro passo importante na construção de uma agenda de reivindicações que atenda às demandas específicas dessas mulheres e fortaleça o protagonismo feminino nas lutas sociais.

Ao aproximar-se das lideranças quilombolas e das trabalhadoras locais, a FEDACSE/BA reafirma seu papel como promotora da justiça social e da valorização das vozes comunitárias, contribuindo para um futuro onde a igualdade e o respeito à diversidade sejam reais e efetivos. Como destacou Cris Oliveira, diretora da federação: 

"Nosso compromisso que é o da federação baiana - FEDACSE/BA e da Confederação Nacional -CONACS,  é seguir fortalecendo os laços de solidariedade e construindo caminhos para um futuro onde as mulheres negras, quilombolas e trabalhadoras sejam respeitadas, ouvidas em todas as instâncias através das suas reivindicações como protagonistas de suas próprias histórias."


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