Por FEDACESE/BA
Na tarde da última terça-feira, 21 de janeiro de 2025, o uso controverso do Vectobac voltou ao centro das discussões durante uma live organizada pela FEDACSE-BA. O evento reuniu lideranças de diversas regiões da Bahia e representantes de instituições filiadas, com o objetivo de debater os riscos associados ao produto, já reconhecido como tóxico em sua própria nota técnica.
Relatos preocupantes marcaram o encontro, incluindo 20 notificações de problemas em Senhor do Bonfim. A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados e a pressão sobre os trabalhadores de campo para utilizarem o produto, mesmo cientes dos riscos à saúde, foram destacados como problemas urgentes. Além disso, a precarização das condições de trabalho e a desinformação entre muitos agentes agravam ainda mais a situação.
Durante a live, a presidente da federação, Zilar Portela, acolheu algumas propostas estratégica, como a de fortalecer a mobilização através da realização de encontros com trabalhadores de campo, colhendo relatos diretos sobre as condições reais de uso do produto. Essa iniciativa visa ampliar o entendimento sobre o impacto do Vectobac e orientar novas ações.
Os esforços iniciais contra o uso do produto já obtiveram resultados expressivos, como a atenção e uma resposta da empresa responsável pela fabricação do produto, o que gerou impactos nas esferas decisórias. Em 6 de junho de 2024, a FEDACSE/BA e a Sesab discutiram o uso do inseticida Vectobac, que será substituído pelo Espinosade em 28 municípios devido a problemas de saúde.
No entanto, o desafio permanece. A federação enfatizou a urgência de suspender imediatamente novas compras e eliminar o uso dos estoques existentes, protegendo a saúde e a segurança dos trabalhadores.
Nas próximas semanas, novas ações serão articuladas para avançar nessa luta. O compromisso é claro: o Vectobac não pode continuar colocando vidas em risco. Unidos, com organização e determinação, seguimos firmes na defesa dos direitos e da dignidade das categorias. A mobilização não para, e a luta continua!